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Brasil não assina declaração de 50 países sobre fraude na Venezuela: entenda o motivo

Brasil decide não se juntar a 50 países em declaração sobre fraude na Venezuela

Enquanto ao menos 50 países, incluindo Canadá, Dinamarca, Equador, Espanha, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Uruguai, França, Austrália, entre outros, uniram-se em uma declaração contundente sobre a crise política e os evidentes sinais de fraude eleitoral na Venezuela, o Brasil optou por não se juntar a este grupo. O documento ressalta preocupações profundas com a repressão severa e contínua, bem como relatos de abusos e violações dos direitos humanos após as eleições venezuelanas. As alegações incluem prisões e detenções arbitrárias, inclusive de menores, assassinatos, negação de julgamento justo e táticas de intimidação contra a oposição democrática e a sociedade civil.

Cenário de tensões e exigências internacionais

A declaração enfatiza a violenta repressão contra membros da oposição, como o caso do candidato presidencial Edmundo González Urrutia. González, que supostamente recebeu o maior número de votos nas eleições de 28 de julho, foi forçado a fugir do país e buscar asilo político na Espanha. Os países signatários exigem a libertação imediata das pessoas detidas de maneira arbitrária e sem as garantias de um julgamento justo, além do término do uso excessivo da força, da violência política e do assédio. Ademais, solicitam o restabelecimento do Gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na região.

Posição brasileira e contexto global

A decisão do Brasil de não assinar a declaração levanta questões sobre sua posição e políticas externas no contexto sul-americano e global, sobretudo em um momento em que a crise venezuelana transcende fronteiras nacionais, afetando a estabilidade regional e os direitos humanos. Este passo do Brasil pode refletir nuances de sua política externa e suas relações diplomáticas com a Venezuela e outros países envolvidos.

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