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Líderes do Congresso não devem ir à audiência de conciliação do IOF agendada por Moraes

Senadores sinalizam ausência em audiência sobre IOF convocada por Moraes
A audiência de conciliação marcada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para esta terça-feira (15), enfrenta um esvaziamento significativo. O encontro, que visa discutir o impasse em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), não contará com a presença de importantes lideranças do Congresso.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já confirmou que não comparecerá. Em seu lugar, o advogado Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva representará a Casa. No Senado, a tendência é semelhante. Fontes ligadas à cúpula do Legislativo afirmam que o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) também deve se ausentar.
A reunião foi convocada por Moraes após a suspensão do decreto presidencial que tentava aumentar as alíquotas do IOF. A decisão de Moraes também anulou a resolução do Congresso que havia revogado o decreto, congelando, na prática, qualquer alteração no imposto.
O encontro ocorrerá de forma reservada, sem cobertura da imprensa e sem transmissão ao vivo. A ausência de representantes de peso evidencia o desgaste nas relações institucionais entre STF, Executivo e Legislativo.
Governo Lula tenta defender decreto suspenso
Durante a audiência, o governo pretende defender a legalidade do decreto assinado pelo presidente Lula, que propunha o aumento do IOF. A medida foi vista por parlamentares como uma tentativa do Executivo de ampliar a arrecadação sem aval do Congresso.
A decisão de Moraes, que suspendeu tanto o decreto presidencial quanto a resposta do Congresso, foi interpretada por setores da oposição como uma sinalização de equilíbrio — evitando, por ora, um confronto direto entre os Poderes.
Mesmo com o apelo à “harmonia” institucional, o gesto de Moraes não impediu o esvaziamento político da audiência. Em sua decisão, o ministro citou o artigo 2º da Constituição Federal, que estabelece a independência e a harmonia entre os Poderes da República, como fundamento para a convocação.
Presença tímida de partidos na audiência
Até o momento, apenas o Partido Liberal (PL) confirmou presença, por meio dos líderes Sóstenes Cavalcante (RJ), na Câmara, e Carlos Portinho (RJ), no Senado. O Psol, autor da ação que provocou o STF, será representado por sua equipe jurídica.
A baixa adesão à audiência evidencia a crescente tensão entre o Supremo e o Parlamento, especialmente diante da postura do STF em temas sensíveis para o governo e para a oposição.
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