Gleisi diz que é “estarrecedor” Bolsonaro convocar ato em defesa do estado democrático de direito e o chama de ‘chefe terrorista’

Bolsonaro chamado de ‘chefe terrorista’ por Gleisi Hoffmann

Nesta quinta-feira (15), Gleisi Hoffmann, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), declarou ser “estarrecedor” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha convocado um ato em defesa do estado democrático de direito. Hoffmann argumenta que Bolsonaro “nunca respeitou” a democracia e até tentou “abolir” o regime democrático por meio de uma tentativa “fracassada” de golpe de Estado.

O chamado de Bolsonaro para seus apoiadores é para uma manifestação às 15h na Avenida Paulista, em São Paulo, com o objetivo de se defender de “todas as acusações” enfrentadas nos últimos meses.

A presidente do PT expressou sua opinião completa sobre a convocação: “É estarrecedor ver Bolsonaro convocar um ato ‘em defesa do estado democrático de direito’ que ele nunca respeitou e tentou abolir em sua fracassada tentativa de golpe! E é chocante ver a mídia normalizar esse chamado e o próprio ato, tratando como coisa normal. Sem conotação crítica.”

Ela ressalta que, embora o direito de defesa deva ser garantido a todos, incluindo Bolsonaro, a invocação da democracia e da liberdade de expressão por parte de quem tentou destruí-las é paradoxal. Hoffmann relembra diversas ações e posturas de Bolsonaro que, segundo ela, demonstram sua incompatibilidade com os valores democráticos: desde a defesa da ditadura e tortura até esforços para armar a população civil e atacar opositores políticos e instituições democráticas.

Hoffmann critica também tentativas de Bolsonaro de minar a confiança no sistema eleitoral brasileiro, sua relutância em aceitar a derrota nas eleições e ações que interpretou como tentativas de desestabilizar a democracia no Brasil, incluindo ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e tentativas de intimidar o Congresso Nacional.

Ela conclui sua declaração advertindo que o ato convocado por Bolsonaro não deve ser interpretado como uma legítima manifestação de liberdade de expressão, mas sim como um esforço para confrontar o devido processo legal e continuar ameaçando as instituições democráticas. Hoffmann faz um apelo para que a mídia e a sociedade não normalizem as ações de Bolsonaro, enfatizando os riscos de tal normalização para a democracia brasileira.

Veja a íntegra:

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